Apresentação

Razões justificativas da ação e a sua inserção no plano de atividades da entidade proponente No currículo do ensino básico e secundário as aprendizagens essenciais de Ciências Naturais, de Biologia e Geologia e de Geografia valorizam a importância do trabalho prático no ensino e na aprendizagem. Neste contexto, o trabalho de campo assume-se como um tipo de trabalho prático com relevância na aprendizagem de fenómenos biológicos e geológicos e de conceitos que se tornam de difícil abordagem e compreensão na sala de aula e/ou no laboratório, devido à complexidade dos contextos espaciais e temporais em que se desenrolam. Dada a riqueza da biodiversidade e da geodiversidade existente na Serra do Caramulo considera-se pertinente desenvolver um programa de formação contínua de professores, na modalidade de oficina de formação, que permita aos professores de Ciências Naturais/Biologia e Geologia e de Geografia a utilização da Serra do Caramulo como local de estudo e de construção de materiais didáticos que integrem ferramentas digitais, que se sustentem em metodologias ativas e inovadoras e que partam de um contexto real de ensino e aprendizagem. Acredita-se que os materiais didáticos construídos sejam fundamentais para a melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos, facilitem a compreensão de conceitos e de fenómenos biológicos e geológicos, o desenvolvimento das áreas de competências explicitadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, deforma integrada e contextualizada, bem como abordem algumas temáticas de Cidadania e Desenvolvimento, nomeadamente ao nível da promoção da educação para a sustentabilidade.

Destinatários

Professores dos Grupos 230, 520 e 420

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 230, 520 e 420. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 230, 520 e 420.

Objetivos

- Desenvolver competências científicas, disciplinares e interdisciplinares, e competências didáticas necessárias à implementação de atividades de trabalho de campo, sustentadas em metodologias ativas e inovadoras e que valorizem a utilização das ferramentas digitais. - Desenvolver competências apropriadas à assunção de posturas reflexivas, no que concerne ao trabalho de campo e ao papel que este pode assumir no desenvolvimento profissional e pessoal de professores e de alunos. - Conhecer alguns hotspots de biodiversidade e de geodiversidade existentes na Serra do Caramulo. - Produzir materiais didáticos diversificados que possam ser explorados em percursos de descoberta da Natureza definidos e que valorizem a implementação de metodologias ativas e inovadoras e a utilização de ferramentas digitais. - Implementar os materiais didáticos construídos no contexto educativo. - Avaliar os impactes dos materiais didáticos construídos na melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos e na promoção da educação para a sustentabilidade.

Conteúdos

I – Introdução à Oficina de Formação (3h presencial) 1. Apresentação da Oficina de Formação: Objetivos, conteúdos, metodologia de trabalho, calendarização e avaliação dos formandos. 2. Educação para a sustentabilidade/ética ambiental: valores e desafios II – O trabalho de campo no ensino e na aprendizagem (4h presencial+2h trabalho autónomo) 1. O trabalho de campo nos currículos de Ciências e de Geografia 2. O trabalho de campo, as aprendizagens essenciais de Ciências Naturais, de Biologia e Geologia e de Geografia, o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e a Cidadania e Desenvolvimento: a. Gestão horizontal do currículo; b. Ambientes de aprendizagem inclusivos e inovadores e integração das TIC. III – Potencialidades educacionais de hotspots de biodiversidade e de geodiversidade existentes na Serra do Caramulo(15h presencial+5h trabalho autónomo) 1. Saída de campo para identificação e caracterização de hotspots de biodiversidade e de geodiversidade da Serra do Caramulo 2. Orientações para a construção de materiais didáticos para os hotspots de biodiversidade e de geodiversidade da Serrado Caramulo 3. Construção de materiais didáticos para a região em estudo 4. Apresentação dos materiais didáticos construídos IV – Intervenção pedagógica (8h trabalho autónomo) 1. Implementação dos materiais didáticos construídos no contexto educativo 2. Diagnóstico dos impactes dos materiais didáticos implementados V – Impactes dos materiais didáticos/Avaliação do programa de formação (3h presencial+10h trabalho autónomo) 1. Apresentação dos resultados da intervenção pedagógica realizada pelos formandos 2. Avaliação dos impactes dos materiais didáticos implementados nos alunos e nos professores 3. Avaliação final do programa de formação

Metodologias

1. Organização e planeamento das atividades a desenvolver: • Problemática e objetivos da ação; • Metodologias e avaliação. 2. O trabalho em equipa e práticas pedagógicas: • Pesquisa de informação e discussão plenária; • Análise de documentos científicos sobre a área de estudo: artigos, cartasgeológicas e notícias explicativas; • Apresentação e discussão de exemplos de materiais didáticossustentados em metodologias ativas e inovadoras • Saída de campo à Serra do Caramulo, antes da construção dos materiaisdidáticos. 3. Avaliação dos formandos e da ação • Apresentação e discussão dos produtos finais (planificação e materiaisdidáticos elaborados pelos formandos) • Reflexão plenária dos pontos fortes e das fragilidades no processo e produtos elaborados. • Aprofundamento dos conteúdos da oficinade formação. • Produção de materiais didáticos. • Intervenção pedagógica. • Reflexão individual sobre a intervenção pedagógica realizada

Avaliação

Critérios de avaliação baseados no desempenho dos formandos nas sessões presenciais e no trabalho autónomo, asaber: • Participação nas sessões presenciais (participação regular, pertinente e construtiva em todas as tarefas, revelandoempenho no processo formativo e na integração no grupo/turma). • Trabalho de grupo realizado na planificação e elaboração de materiais didáticos (reflexibilidade, rigor, adequação,coerência e reflexão crítica e pertinente). • Reflexão crítica individual sobre o modo como a oficina contribuiu para melhorar as aprendizagens dos alunos e para odesenvolvimento profissional e pessoal do professor formando. Aprovação: Número mínimo de horas presenciais previstas na legislação em vigor (correspondente a 2/3 das presenças). Os formandos serão avaliados quantitativamente numa escala de 1 a 10 valores.

Modelo

Preenchimento de questionário pelos formandos e pelo formador cujo tratamento estatístico é alvo de análise pela Secção de Formação e Monitorização e pelo Conselho de Diretores.

Bibliografia

CACHAPUZ, A.; PRAIA, J. & JORGE, M. (2000). Perspectivas de Ensino das Ciências. Formação de Professores –Ciências. Textos de Apoio n.º 1. Porto: CEEC, 79 pp. Decreto-Lei n.º 55/2018, Diário da República, 1ª Série, n.º 129 (2018). Retrieved fromhttp://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/AFC/dl_55_2018_afc.pdf. Direção Geral de Educação (2018). Aprendizagens essenciais. Retrieved from http://www.dge.mec.pt/aprendizagens-essenciais. MORGADO, M; MEDINA, J. & SOARES DE ANDRADE, A. (2006). Geologia da Serra do Caramulo, In: Livro Guia deCampo (Ed. Medina, J.; Morgado, M. & Marques, L.). Aveiro: Universidade de Aveiro. OLIVEIRA MARTINS, G. ET AL. (2017). Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Lisboa: Ministério da Educação/Direção-Geral de Educação. Retrieved fromhttp://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/perfil_dos_alunos.pdf.

Formador

Margarida Maria Monteiro Morgado

Cronograma